terça-feira, 28 de outubro de 2008

Nova Fidelidade;


A morte essa puta de quinta
Anda em toda e qualquer esquina
Rasteja entre becos e escuros
Inevitável, muda e surda.

Grita no silêncio do mundo
Iluminada pelo pavor
Mãos soltas no tempo
Canta qualquer dor

Parasita do coração
Matriarca da loucura
Devaneios de ilusão
Fita os olhos e amargura

Caminhada de passos largos
Felicita o amor em paz
Tropeça na própria sorte
Da dor que se valem os mortais.

[ Isaac B. Pereira. ]

- Baseado no fantástico: "O Amor nos tempos do cólera" do colombiano Gabriel Garcia Marquéz.

4 comentários:

Leveza de ser. disse...

Gostei das tuas idéias.
Sinto cá em mim essas e tantas inquietações.
Soluções? Ah meu caro, sigo essa linha de tentar mesmo.
A morte é mesmo uma puta de esquina. Tuas palavras vestem meus pensamentos.
Bons modos e bons costumes hoje representam uma outra concepção. Fim à tradição! Não atende mais a nossa idade, nosso pensamento, nossa eduacação que é cada vez mais auto-didata, não nos prendam a isso também!
Velocidade? É isso que é contemporâneo? É isso que é bom? E o tempo de nosso tempo? O indivíduo é ainda individual, temos nossa subjetividade a ser explorada e respeitada. Tempo para um passeio de pôr-do-sol, de leituras densas, de conversas longas e deliberativas nos grupos sociais, não há mais esse tempo! Exclamo em protesto.
Imagem precisamos sim, e concordo contigo quando diz: "A única coisa que não posso é ter sentimentos cortados ao meio por preconceitos que criei ao figurar uma imagem que talvez não seja necessariamente a imagem que preciso para continuar sendo o que sempre fui."
Nossa, eu tenho tanto pra conversar sobre essas coisas, mas aqui não tem como eu me organizar. rsrs
Continuarei mantendo contato se assim quiseres.
Abraço.
Iramaya Monick

ela. disse...

[meu] homem velho, quisera eu poder fitar seus olhos de mistério, criar umas boas rugas ao teu lado e no fim da vida, pedir um último verso pra morrer com esse riso na boca.
riso meu.



nhac :*

Leveza de ser. disse...

Uma das vantangens... confesso, romântica que sou referente a Conquista, que poderia ser melhor, e pra isso, eu condiciono o olhar às belezas que tantas outras como eu ainda as vê.
=]
Conquista tem cheiro de vermelho.

Suspirius disse...

Será que dá pra usar minhas idéias drámaticas aqui, através dessas idéias?!?! ;)

beijo, chato véi =*